O grande Fangio foi o primeiro testemunho de que se pode chegar ao título de campeão do mundo de F1 vindo de um meio humilde. Em vez de nascer no seio de uma família com títulos nobiliárquicos ou com fortes participações em grandes empresas, “el Chueco” foi um dos muitos filhos de um casal de imigrantes italianos que partiu para a Argentina no início do século XX.
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E se hoje em dia alguns pilotos se dão ao trabalho de tirar o curso de engenharia mecânica, já Fangio foi aprender o míster de mecânico numa oficina em Balcarce. Aí cimenta o gosto pelos automóveis e alguns anos mais tarde irá transformar o Ford A da foto num “especial de corrida”, um antigo táxi comprado pelos seus amigos, fazendo com ele as suas primeiras participações. Os êxitos vão-se sucedendo, os balcarcianos vão-se entusiasmando com o talento do conterrâneo, sobretudo quando este compre um Volpi Chevrolet para participar nas grandes provas de Turismo Carretera. Mais uma vez Fangio singra, não obstante a grande rivalidade por parte de Oscar Galvez, o que levará a ser um dos escolhidos pelo Automóvel Clube da Argentina para realizar duas provas na Europa em 1948 ao volante de um Simca-Gordini.
Apesar dos abandonos nessas provas, o presidente Perón fica motivado com a experiência e com a possibilidade de levar o nome do país mais além e compra dois Maserati para Fangio e Benedicto Campos, com o futuro penta-campeão a conseguir uma série de vitórias em GPs menores, mas que deixaram a concorrência alerta. E esse será o grande factor que levará a Alfa-Romeo a contratá-lo. O resto é história com letra maiúscula.
Ele largou em 51 GPs e venceu 24 deles: um recorde absoluto, o que significa que ele venceu quase um nas duas corridas que disputou.
Ele largou em 51 GPs e venceu 24 deles: um recorde absoluto, o que significa que ele venceu quase um nas duas corridas que disputou.
O estranho é que Fangio começou a ganhar grandes prêmios relativamente tarde na vida. Sua primeira vitória foi o Grande Prêmio de Rosario na Argentina em 1947 aos 36 anos, que ainda não era excessivamente velho para os padrões da época. Ele era bem conhecido em sua Argentina natal mesmo antes da Segunda Guerra Mundial, embora suas origens fossem na verdade italianas, pois seus pais haviam emigrado recentemente de Chieti, perto de Pescara. Fangio inicialmente fez seu nome por meio de algumas das épicas corridas de rua que eram comuns na época.
Seu primeiro grande sucesso nacional veio em 1940 no Gran Premio Internacional del Norte: duas semanas de corrida percorrendo mais de 9.000 quilômetros pela Argentina, nas quais seu Chevrolet coupé venceu por mais de uma hora o segundo colocado. Sua reputação foi crescendo cada vez mais, graças a performances consistentes tornadas ainda mais notáveis por sua renomada simpatia mecânica: resultado de frequentar a garagem local muito mais do que sua sala de aula quando era mais jovem. Como Fangio comentaria muitos anos depois: “Nunca considerei o carro um meio de vencer. Em vez disso, sempre me considerei apenas um componente de um carro, um pouco como um pistão ou uma haste de suspensão...” Juan Manuel Fangio, 'El campéon' do século 03 Fosse ou não sua sensibilidade mecânica, quando o primeiro Campeonato Mundial de Fórmula 1 começou na Europa em 1950, 'El Chueco' parecia predestinado a vencer.
Seu primeiro grande sucesso nacional veio em 1940 no Gran Premio Internacional del Norte: duas semanas de corrida percorrendo mais de 9.000 quilômetros pela Argentina, nas quais seu Chevrolet coupé venceu por mais de uma hora o segundo colocado. Sua reputação foi crescendo cada vez mais, graças a performances consistentes tornadas ainda mais notáveis por sua renomada simpatia mecânica: resultado de frequentar a garagem local muito mais do que sua sala de aula quando era mais jovem. Como Fangio comentaria muitos anos depois: “Nunca considerei o carro um meio de vencer. Em vez disso, sempre me considerei apenas um componente de um carro, um pouco como um pistão ou uma haste de suspensão...” Juan Manuel Fangio, 'El campéon' do século 03 Fosse ou não sua sensibilidade mecânica, quando o primeiro Campeonato Mundial de Fórmula 1 começou na Europa em 1950, 'El Chueco' parecia predestinado a vencer.
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